
Era filho de Osíris e de Ísis. Foi concebido postumamente, uma vez que o seu pai já tinha falecido. A concepção foi possível graças ao recurso por parte de Ísis à magia. Teve que ser escondido pela sua mãe nos pântanos do Delta para protegê-lo do seu tio, o Seth, que tinha sido o líder do plano que conduziu ao morte de Osíris.
O deus alcançou bastante popularidade durante a Época Baixa. Durante a era ptolemaica foi visto como o filho de Serápis e de Ísis.
Era representado como um menino nu, usando na cabeça a coroa dupla (coroa que era o resultado da junção da coroa do Alto Egipto e da coroa do Baixo Egipto) ou a coroa hemhem (coroa que correspondia a três coroas atef juntas). Tinha a característica trança lateral das crianças egípcias, que em alguns casos saía da coroa e encontrava-se presa na orelha. Poderia também ser representado como posicionado em cima de dois crocodilos, segurando nas mãos animais venenosos (como serpentes ou escorpiões), tendo sobre a cabeça uma imagem do deus protector da infância, Bes. Esta forma, designada como "Hórus sobre os crocodilos", era frequente em estelas com objectivos curativos. Os egípcios acreditavam que a água que tinha sido passada sobre este tipo de estelas adquiria propriedades curativas, sendo administrada a vítimas de picadas de animais venenosos. Identificado com o deus sol, poderia ser representado a emergir de um lótus. Surgia também a ser amamentado por Ísis ou Hathor.
Devido ao facto de ser representado com o dedo na boca, gregos e romanos consideraram, incorrectamente, tratar-se do deus do silêncio e do discernimento.


Hator: Hator é, junto a Isis, a mais venerada das deuses. Distribuidora de alegria, é a "dama da embriaguez" em honra de quem bebe vinho e toca música. Também é a protetora da necrópole de Tebas que sai da falésia para acolher os mortos e velar os túmulos.
Amor... Rutilante véu de estrelas que veste de luz o corpo de pérolas negras da noite da humanidade... Rosa de fogo, orvalhada por uma poesia em chamas, despontando nos jardins do horizonte, para almas vagantes inebriar com o perfume de um imortal Sol de felicidade... Cálice de sonhos e feitiços derramado sobre os corações dos Antigos Egípcios pela sensual Háthor, soberana de um éden de felicidade perene, em cujo esplendor brotava o cobiçado fruto do amor, nascia a maviosa nascente da música, em cujas águas vogava a sensualidade das danças, desabrochavam as orquídeas selvagens do erotismo e brincava a doce brisa da alegria. Sua alma, cosmos de amores constelados, renovava-se nos semblantes de todas as apaixonadas que devotadamente a inundavam de preces ardentes, na esperança de escravizarem o coração dos seus amados..."









